3.8.10
Duas ou treze coisas (catorze, na verdade: todas muito importantes) que Marcelino Freire tem a dizer sobre a FLIP

“Sim, prometi dar uns esclarecimentos aqui. Falar sobre a Festa Literária Internacional de Paraty. Por que não irei desta vez. Se é que isso interessa a alguém. E interessa. O assunto foi capa da Ilustrada de sábado passado. A suposta polêmica da minha não-ida. Porra! Eu apenas comentei no Twitter. Depois de ter participado de todas as edições (como convidado ou não), resolvi não ir. Avisei por lá: que não tinha saco, assim. Para ouvir FHC falando de Gilberto Freyre, etc. Aí o assunto foi destaque no jornal. O repórter Fábio Victor me ligou. Colheu depoimentos outros. Indagou: por que nesta edição apenas um dos convidados nunca esteve no evento? A Festa será que realmente tucanou? Ave e ufa! Tanta coisa passa agora no meu juízo. Que é melhor eu abrir uns tópicos, ABAIXO. Vamos logo aos fatos e eta danado!”
1.8.10
O resto é só terra e céu

Depois de 15 dias longe, na rota Cambridge/Londres, nossa Iná voltou para casa ontem à tarde: cheia de razão, com o inglês ainda mais afiado e já fazendo planos para novas viagens. Como Lisboa foi o primeiro – e o último – lugar da Europa pisado por ela nessa sua estreia internacional, trago para a festa um legítimo Pessoa:
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
30.7.10
Um post

O nome Bressane, até onde alcanço, é sinônimo de talento: Júlio, o cineasta; Dulce, a cantora, presente nos primeiros discos de Egberto Gismonti; Ronaldo, o prosador, poeta e jornalista, de quem acabei de ler um post nada menos que foderoso sobre a, na falta de melhor definição, tesuda da foto acima. Tome aí um trecho do post bressânico: “Quando Chrissie bate na porta da comuna musical Amon Düül, seu nome já é Uschi Obermaier. Ela não seria a namorada de um marinheiro que perdeu as graças do mar; seria a namorada de toda aquela banda de kraut-rock. E, confirmando que sabe trocar o liebzeit pelo zeitgeist, como toda boa garota hippie vai pro pandeiro. Sua banda viaja para um festival em Essen e faz amizade com os colegas da Kommuna 1, que então ocupa a casa do poeta Hans Magnus Enzensberger. Bem selvagem essa turma. Totalmente contra o consumismo e a burguesia. Totalmente contra o passado nazista. Totalmente a favor de disparar tortas na cara dos políticos (o que eles chamam de “assassinato por pudim“), tocar fogo em lojas de departamento (“Solte na rua a sua vontade Vietnã de pegar fogo“), além de totalmente aberta ao amor livre.”
24.7.10
Um dia, a caminho de Fortaleza, onde mora o meu amigo Carlos Augusto Lima, parei no aeroporto de Brasília e pensei nele,
