27.7.09

Menos um para a arte


MERCE CUNNINGHAM

16 de abril de 1919 – 26 de julho de 2009

“Você tem que amar a dança para persistir nela. Ela não te dá nada em troca, nenhum manuscrito para guardar, nenhuma pintura para mostrar nas paredes e talvez pendurar em um museu, nenhum poema para ser impresso e vendido, nada além do momento fugaz único em que você está vivo. Ela não é para almas instáveis” [MC, que você pode ver dançando aqui. Um clique sobre o nome do coreógrafo, logo abaixo de sua fotografia, leva ao site dedicado à vidaobra dele]


21.7.09

Stratosfera #1

Primeira parte de uma peça vocal composta em memória dos 30 anos de morte do cantor Demetrio Stratos (descendente de gregos – seu nome de família é Efstratiou Demetriou –, nasceu em 1945, no Egito), um dos artistas mais importantes no contexto internacional de poéticas experimentais da voz. Em todas as demais sessões da peça – ainda em processo –, tal como na primeira, o único som explorado é a voz de Ricardo Aleixo, registrada numa sessão de improvisação livre realizada em setembro de 2008 e posteriormente submetida a reprocessamento eletrônico-digital. Toda a dinâmica de Stratosfera # 1  foi definida durante as improvisações. Na fase de mixagem, o performador e compositor se empenhou na seleção de células rítmicas e inflexões “quase melódicas”, buscando reiterar tais procedimentos – o que faz com que a peça se situe, desafiadoramente, nos limites nem sempre nítidos entre a música e as diversas correntes da sound poetry (sobretudo pela total ausência de palavras).

Ficha técnica: projeto de design sonoro, improvisação vocal, tratamento sonoro, mixagem e masterização: Ricardo Aleixo 

13.7.09

DOMINGO À NOITE NA LAGOA DO NADO


Ignoro como foram, na sexta e no sábado, as apresentações da nova peça do Grupo Galpão, Till, na Lagoa do Nado, mas a de ontem, com o parque lotado de pessoas de todas as faixas etárias, foi algo lindo de se ver. Pena que não parece ter havido, por parte dos organizadores (a prefeitura, a administração do parque, a produção executiva do Galpão), grande cuidado com a questão da segurança do público. A precária iluminação do longo trecho que leva da entrada principal do parque ao local da encenação, que não se constituiu em obstáculo no momento da chegada do público, somou-se, na saída, a um problema que poderia ter tomado proporções incalculáveis. Como se vê nas fotos acima, que bati – a segunda, já do lado de fora, junto com minha família – ao ritmo da indignação, o portão principal estava trancado, o que nos obrigou a sair em “fila indiana” pelo portãozinho lateral. Uma lástima. 

11.7.09