24.7.10

Um dia, a caminho de Fortaleza, onde mora o meu amigo Carlos Augusto Lima, parei no aeroporto de Brasília e pensei nele,

quando ele apareceu do nada, como se fosse viajar, por exemplo, para Porto Alegre. Ia mesmo. E foi.


Agora, tempos depois, já com a bela Fortaleza na cabeça (vou para lá na semana que vem), recebo um link para uma entrevista em que o querido Carlos diz coisas como "a poesia não acompanha, por um lado, o tempo veloz da informação acelerada, quase esquizofrênica, emergencial em que vivemos. O gesto do poema é o da calma, da reflexão e do cuidado que estamos perdendo a cada dia. Por outro lado, a linguagem da informação de tão urgente, se tornou estúpida, rasteira, cretina. Daí, a linguagem do poema dispara, se reinventa sempre, vai além, está à frente do tempo, cumpre a sua função, e a maioria dos leitores, tão amansados pela linguagem estúpida do mundo da informação, não acompanha o poema."

3 comentários:

Cândido Rolim disse...

Notícia boa, Ricardo! abção
Cândido.

Carol Lara/nota bemol clara disse...

Mas para que serve comparar a linguagem da informação com a poesia. São coisas incomparáveis...

manoel disse...

fiquei com saudades de carlos e de você, me caro amigo, e que belo email_comentário sobre os anomenos. respondo em tempo e hora. que fortaleza lhe seja leve. não à toa, lembre, ela tem este nome de forte, a antiga cidadezinha de nossa senhora da assunção, agora tão grande demais, que bom, tão vigorosa_violenta_quente_e_doce, tudo ao mesmo tempo. saudades também da rua antonio augusto, onde morei por último lá, tão perto da praia.
[manoel]