toma
esgota tua menina
até que não reste uma fibra
no ventre ardendo em brasa
no corpo a se apagar na treva
dois vaga lumes no pote
e o silêncio dos retratos –
bebe
*
matinal
mapear os trigais da
pele
saber-lhe o cheiro de
terra o intenso
sabor de
chuva
colher com discreta
violência o primeiro
silêncio do
dia
7 comentários:
Ricardo,
devo agradecer-lhe pela oportunidade de ler Mariana mais uma vez, essa poeta do hoje escrevendo versos de sempre.
Forte abraço!
Mas que beleza, Rique!
que honra estar no jaguadarte! :)
Wilson, você está certo: os versos da Mariana são "de sempre". Grande abraço! E não é, Marcelo querido? Mariana: saiba que "aparecer" neste jaguadártico antro é correr o risco de ficar mal falada. :)
A poesia de Mariana tem um "tom" que me encanta. Gosto muito. Abraço!
Concordo com você, Nydia. Abraço!
"Colher com discreta/ violência o primeiro/ silêncio do/ dia" já está na coleção de versos que amo, e que seguem o tempo todo comigo. Quando ouvi a gravação dos poemas da Mariana na Casa Una, fiquei impressionada! Outro comentário que eu não poderia deixar de fazer: a foto está linda!!
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