1.
O performador,
no meu projeto pessoal
de criação,
é um tipo de leitor que
se dá a ler,
ao assumir e expandir
a condição performativa
da leitura.
2.
Como uma espécie
de TJ (text-jockey,
para jogar
com terminologia
cara à cultura
contemporânea),
valho-me em cena
de uma multiplicidade
de fontes textuais,
as quais aciono
a partir de três linhas
básicas – que podem,
inclusive, ser conjugadas
entre elas:
1) oralização a partir
de demarcações
previamente indicadas
nos "textos-partituras";
2) improvisações
vocais (com ou sem palavras),
ao longo da performance,
em resposta a estímulos
provocados pelos
demais elementos
dispostos no ambiente
(vídeo, ruidagem,
layout do palco,
maior ou menor
participação
da plateia etc.);
3) improvisações
vocais/corporais
sobre fragmentos
escolhidos aleatoriamente
em livros espalhados
pelo palco,
vozes pré-gravadas
(a minha própria
e/ou a de
outros poetas,
ou, ainda,
a de anônimos,
sampleadas do rádio,
da TV ou da web)
e field recordings
que reprocesso e
disparo em um laptop
(direto no aparelho
ou por meio de um
controlador MIDI).
3.
Já não há razão para falar
em work in progress,
com relação ao que eu faço.
Não há progresso,
nunca houve.
Um comentário:
o leitor finge que
chega a ver, o leitor
reflete : de novo
quer ouVirVer
com olhos livres
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