Já que eu nunca escrevi sobre essa conjunção mais que essencial na vida de meus neurônios e hormônios tão fatigados, foi preciso recorrer a um dos poemas de Frederico Barbosa que contam entre os meus favoritos para "ilustrar" esta reprodução de uma obra da pintora Francine Van Hove que encontrei por aí e arquivei há meses, para qualquer eventualidade. Nem gosto tanto da pintora, mas
Como quem lê
Virar a chave,
como quem lê uma página:
abrir por dentro,
libertar-se sendo.
Como quem se envolve na personagem,
lento.
Descobrir o além do sonho,
o impensado, o certo,
o mais que imaginado.
O que os olhos buscam cobrir
no sonho.
Ver em você, minha cara,
minha cara interpretada:
metade minha, metade clara.
2 comentários:
"abrir por dentro,
libertar-se sendo."
tem coisas que a gente,
sem saber como, precisa.
Que honra, Ricardo.
Obrigado pela deferência.
Abração,
Fred
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