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8.10.11

Um presente do mestre Nei Lopes

FINA POÉTICA EM CAPA DURA

(quasipoema oito meses depois)


Fora de sacanagem!

A frase introdutora

De eu molecote

Me chega na entrega

Dos dois postais pacotes:

Um, Salgado Maranhão

O outro um Ricardo Aleixo.


Que doce

É esse salgado

Sem sombra de emaranhado.

Que absoluto nexo

É esse recado

Que liga o léxico

E o contexto se[ro]mântico

De cada um desses

Dois pacotes convites ao convescote

A mim e ao meu [con]texto?

Mineiro o emaranhado


Me disponho

Sem tentar decifrar

O que me traz essa mensagem

Postal

Contexto duplo

Gêmeo, mabaço:

Ibeji brinca

e reconduz meu passo.


Sem sacanagem:

Sábado, 25 de setembro

Assino, recebo, referendo

Dois livraços abraços

Aleixo, o salobro

Que pesca o peixe

E o mostra no anzol paterno.

E o doce Salgado

Que abole o emaranhado branco

Quase eterno

Da escrita.


Salgado

Negro olímpico!

Aleixo escrita zero máquina!

A poesia batia de novo

Em dose dupla

De leve

No meu fígado

No meu sábado.

Fina poética negra em capa dura.

Vinte e cinco de setembro

Quase Ibêji.

16.10.10

Mulher na presidência

“Talvez eu não viva o bastante para ver uma mulher na presidência, mas sei que esse dia vai chegar”, dizia Américo (1911-2008), meu pai, nos seus últimos anos de vida. Desde o início da campanha presidencial, li em alguns blogs referências ao samba Mulher na presidência, composto e gravado por Aniceto do Império (1912-1993), num bonito disco de 1984, Partido Alto Nota 10, que conta com as participações especiais de Clementina de Jesus, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila e outros bambas. Tenho o tal CD, mas, ocupado com a finalização do Modelos vivos, acabei me esquecendo de procurá-lo. Ontem, um post do mestre Nei Lopes sobre Aniceto e seu partido alto premonitório me fez procurar de novo a bendita gravação. Vi, depois de encontrá-la, que a música já havia sido disponibilizada no youtube. A ela, portanto, com alegria e esperança – para o Brasil seguir mudando.