Enviei ontem para a redação da revista Continuum, editada pelo Itaú Cultural, um poema inédito, "Babeladormecida", que fará parte do número de maio da publicação, dedicado ao tema da torre de Babel. A pedido da revista, compus, além de uma peça gráfico-visual, sua versão sônica: gostei tanto do resultado que resolvi incluir o poema no Modelos vivos, a esta hora já nas mãos do seu mais que provável editor. Explico a prudência da última frase: vivi, há pouco mais de um mês, o pesadelo da descoberta de que a Segrac, editora indicada por mim, quando da inscrição do livro no Programa Petrobras Cultural, em 2007, fechou as portas.
Foi um duro golpe, já que, à exceção de A roda do mundo e Quem faz o quê?, todos os meus livros foram feitos em parceria com a Segrac (uma excelente gráfica que, eventualmente, também editava). Parceria mesmo: eu era, ali, mais do que um autor/editor em busca de preços módicos. Em cada uma de minhas inúmeras e longuíssimas incursões ao amplo, mas acolhedor prédio da rua Catumbi, no Caiçara, aprendi muito, no que diz respeito à lenta e meticulosa transformação de uma arte final em objeto palpável.
Meu débito para com a equipe da Segrac é tão grande que, ao receber da Petrobras a informação de que teria que indicar uma editora, não pensei duas vezes. Minto: foi justo por ter pensado MUITO que decidi não procurar uma “editora de verdade”, daqui ou de fora, dessas que NUNCA se interessaram pelo meu trabalho. Ou das que já me deram calotes...
Passado o “pesadelo”, escolhi dentre mais de trinta editoras (gracias, Fantini!) aquela cuja orientação editorial mais se aproxima dos meus propósitos com relação ao Modelos vivos: uma que pudesse vê-lo não com os olhos de rapina com que a maioria olha, mas com interesse real pelo que o livro representa para mim – e para o contexto estético-cultural em que ele se insere.
A conversa segue boa, mas ainda é cedo para dizer mais que isso. O importante é que o lançamento já tem data marcada: agosto. E que antes, em maio, mostro aqui em Belo Horizonte um espetáculo com canções baseadas nos poemas do livro, mais algumas composições "avulsas": Música para modelos vivos movidos a moedas. Aguardem novos comunicados. E tenham uma boa semana.
Foi um duro golpe, já que, à exceção de A roda do mundo e Quem faz o quê?, todos os meus livros foram feitos em parceria com a Segrac (uma excelente gráfica que, eventualmente, também editava). Parceria mesmo: eu era, ali, mais do que um autor/editor em busca de preços módicos. Em cada uma de minhas inúmeras e longuíssimas incursões ao amplo, mas acolhedor prédio da rua Catumbi, no Caiçara, aprendi muito, no que diz respeito à lenta e meticulosa transformação de uma arte final em objeto palpável.
Meu débito para com a equipe da Segrac é tão grande que, ao receber da Petrobras a informação de que teria que indicar uma editora, não pensei duas vezes. Minto: foi justo por ter pensado MUITO que decidi não procurar uma “editora de verdade”, daqui ou de fora, dessas que NUNCA se interessaram pelo meu trabalho. Ou das que já me deram calotes...
Passado o “pesadelo”, escolhi dentre mais de trinta editoras (gracias, Fantini!) aquela cuja orientação editorial mais se aproxima dos meus propósitos com relação ao Modelos vivos: uma que pudesse vê-lo não com os olhos de rapina com que a maioria olha, mas com interesse real pelo que o livro representa para mim – e para o contexto estético-cultural em que ele se insere.
A conversa segue boa, mas ainda é cedo para dizer mais que isso. O importante é que o lançamento já tem data marcada: agosto. E que antes, em maio, mostro aqui em Belo Horizonte um espetáculo com canções baseadas nos poemas do livro, mais algumas composições "avulsas": Música para modelos vivos movidos a moedas. Aguardem novos comunicados. E tenham uma boa semana.
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