No importantÍSSIMO livro Greenwich Village 1963 - Avant-garde, performance e o corpo evanescente (Artemídia/Rocco, 1999, trad. Mauro Gama), de Sally Barnes, há uns poucos parágrafos dedicados a um dos temas mais neglicenciados (pelos historiadores, pelos críticos e mesmo pelos artistas) da arte do século XX: a participação dos criadores negros na cena contracultural do período. Barnes cita o poeta e pesquisador Dick Higgins, que escreveu, a propósito de Ben Patterson (aqui também tem) integrante do grupo Fluxus: "Patterson se casou e foi [da Alemanha] para a França, como fora antes dos Estados Unidos, onde não queria ser um 'artista negro', mas só um artista bom como o diabo e, entre outras coisas, um negro. Apenas James Baldwin e Benjamin Patterson alcançaram essa proporção. Na verdade, o modo de Patterson usar repetições periódicas e o fato de ser tão inerente e natural a sensação de melancolia que isso provocava impressionaram-me tanto que, quando ele pela primeira vez me mandou uma cópia dos métodos e processos, eu lhe escrevi e imaginei que era um negro."
2 comentários:
curti seu blog, hein!
rique vc sumiu!! bom, pelos menos sumiu 'virtualmente'
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