Kurt Tucholsky (1890-1935)
Mulheres de amigos destroem a amizade.
No princípio ocupam timidamente uma parte do amigo,
aninham-se nele,
aguardam,
observam,
e aparentemente participam do círculo.
Esse pedaço do amigo não nos pertencia – nada notamos.
Mas logo a coisa muda:
elas tomam um aposento após o outro,
penetram mais fundo,
logo têm o amigo inteiro.
Ele está mudado; é como se tivesse vergonha de sua amizade.
Assim como antes envergonhava-se do amor diante de nós,
agora envergonha-se da amizade diante do amor.
Não nos pertence mais.
Ela não está entre nós – já o levou.
Ele não é mais nosso amigo:
é seu marido.
Um leve melindre permanece.
Tristemente o seguimos com os olhos.
A da cama tem sempre razão.
Tradução de Paulo Cesar Souza
No princípio ocupam timidamente uma parte do amigo,
aninham-se nele,
aguardam,
observam,
e aparentemente participam do círculo.
Esse pedaço do amigo não nos pertencia – nada notamos.
Mas logo a coisa muda:
elas tomam um aposento após o outro,
penetram mais fundo,
logo têm o amigo inteiro.
Ele está mudado; é como se tivesse vergonha de sua amizade.
Assim como antes envergonhava-se do amor diante de nós,
agora envergonha-se da amizade diante do amor.
Não nos pertence mais.
Ela não está entre nós – já o levou.
Ele não é mais nosso amigo:
é seu marido.
Um leve melindre permanece.
Tristemente o seguimos com os olhos.
A da cama tem sempre razão.
Tradução de Paulo Cesar Souza
7 comentários:
muito
forte esse
meu caro!
pior
que como esta
existem tantas...
abraços ternos!
bom, gostei muito do poema e acho que é assim mesmo, só não concordo que seja um caso de gênero. há namorados, noivos, maridos que também destroema amizade entre as mulheres.
hoje trabalhei em sala de aula um poema seu 'einstein remix' com meus alunos de 7o e 8o anos. eles ficaram fascinados com sua poesia e decifraram fantásticas leituras do poema. eles se encantaram com sua poesia e eu também!
Patrícia Namitala
É/opoema/mais/barango/emoralista/que/já/li
beijo
carol
Fernando, Patrícia, Carol: é só um poema de que gosto muito. Fernando: pouco importa que existam “tantas”, não é? Importa é saber que poucos homens, ainda hoje, falam de um assunto difícil como esse. Patrícia: o poema comporta uma visão feminina, não é? Pois é... Carol: é o poema mais “barango” e “moralista” que você já leu, não é? Pena. Não há nada a fazer. Patrícia: bom saber que meu “Einstein remix” tem circulado por aí. Aos três: grato por seus comentários. Há braços!
É, Rick. Pena é usar poemas para representar conflitos pessoais. Não há mesmo nada a fazer...afinal, é só um poema, né? E não acho que esses assuntos são difícies se os entendermos como falsos problemas, que é o que são. Homens e mulheres são livres para se afastarem dos amigos em qualquer situação. O poema além de barango e moralista, é bem machista. um beijo
oi rick
deixando as cordas de lado
realmente pouco importa
mas falemos mais sobre.
evoé!
cara esse poema parece com a historia q aconteceu comigo muito loko cara barabens gostei . mulher de amigo nao presta mesmo
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