20.6.12

Oficina
PALAVRA FALANTE: O JOGO DA POESIA
O que é: Com duração de 3 meses, esta oficina parte da ideia de que a performance poética pode ser definida como um jogo originado na íntima fusão entre a voz e o corpo do performador, sua vestimenta, os adereços cênicos, o espaço, o tempo, os equipamentos tecnológicos utilizados em cena e até mesmo as reações do espectador. Por meio de exercícios individuais e coletivos, conversas informais, audições comentadas de vídeos e áudios e leituras em voz alta de poemas de diversas épocas e culturas, a oficina tem como objetivo propiciar aos participantes a possibilidade de vivenciar a palavra poética em suas mais diferentes dimensões. Ao final do processo será montado um grupo estável de poesia e(m) performance, sob a direção do poeta e performador Ricardo Aleixo.

Local da oficina:Centro Cultural UFMG (avenida Santos Dumont, 174); fones 34098290 e 34098291

Valor do investimento:R$ 00,00

Número de vagas:25

Primeiro encontro:Sábado, 30/06, das 14h às 17h.

Preparação para o primeiro encontro:Além de roupas confortáveis para a prática de exercícios corporais, cada participante deverá levar: 1) filmadora (preferência para as de celular, ou de máquina fotográfica, pela facilidade de manuseio) com bastante memória disponível; 2) um poema ou texto em prosa que tematize o espaço (pode-se, evidentemente, optar por textos de autoria própria, mas considero mais generosa e instigante a escolha de criações alheias); 3) algum objeto de uso cotidiano (exceto eletrônicos) que possa ser utilizado para produzir sons; 4) uma venda para os olhos; 5) bloco de notas ou caderno e caneta.


RICARDO ALEIXO



Poeta, artista visual, sound designer, cantor, compositor, performador, ensaísta e editor. Publicou, entre outros, os livros "Trívio" (2001) e "Modelos vivos" (2010 – um dos 10 finalistas dos prêmios Portugal Telecom e Jabuti 2011). Como solista ou integrante da Cia SeráQuê e do Combo de Artes Afins Bananeira-ciência, já performou na Alemanha, na Argentina, em Portugal, na França e nos EUA. Integra antologias, coletâneas e edições especiais de revistas e jornais dedicados à difusão da poesia brasileira nos EUA, na Argentina, em Portugal, na França, de País de Gales, em Angola e no México. Tem participado de importantes exposições coletivas, como "Poiesis < Poema entre pixel e programa >" (RJ, 2007), "Radiovisual – Em torno de 4’33”" (Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2009) e "Poética Expositiva (RJ, 2011). É curador dos eventos ZIP/Zona de Invenção Poesia&, Dia Cage e Festival de Arte Negra de Belo Horizonte/FAN. Edita a revista "Roda – Arte e Cultura do Atlântico Negro" e a Coleção Elixir, de plaquetes tipográficas. Tem, no prelo, seu primeiro livro de ensaios, "Palavras a olhos vendo – Escritos sobre escritas". Concentra seus projetos de criação e pesquisa no Laboratório Interartes Ricardo Aleixo, no bairro Campo Alegre, região norte de Belo Horizonte. [Foto: Paulo Filho].

30.5.12


Leitura-concerto
PALAVRAS DE UM OUTRO MESMO LUGAR






Um dos destaques da programação do 6º Festival de Arte Negra de Belo Horizonte, a leitura-concerto PALAVRAS DE UM OUTRO MESMO LUGAR, que será realizada hoje, no Teatro Francisco Nunes, às 19h, reunirá os poetas Abreu Paxe, de Luanda/Angola, Nina Rizzi (foto), do Ceará, Ronald Augusto, do Rio Grande do Sul, e Salgado Maranhão, do Rio de Janeiro, para apresentar poemas que tematizam o trânsito estético-cultural entre África e Brasil. 


Concebida e dirigida pelo poeta Ricardo Aleixo – que também integra a Comissão Organizadora e Curadora do 6º FAN –, a leitura-concerto tem origem no propósito de dar a conhecer a um público mais amplo uma produção poética que dialoga aberta e desafiadoramente com as formas textuais de extração africana, sem deixar de afirmar-se, para além dos estereótipos e das expectativas de tipo “politicamente correto”, como experiência radical de linguagem.


De acordo com Aleixo, localizar o que produzem tais poetas nesse “outro mesmo lugar” que é o da palavra vocalizada significa requalificar o debate acerca das relações infraestruturais entre a poesia e a música. O idealizador da proposta diz ainda que “numa leitura-concerto, índice de uma perspectiva que pode ser definida como camerística, a arte da palavra não é secundariza pela música, antes viabiliza-se, ela própria, como música, por resultar da exploração consciente da camada fônica/sônica da palavra.”
Projeções de vídeos confeccionados com base nos poemas de Abreu Paxe, Nina Rizzi, Ronald Augusto e Salgado Maranhão, ao longo da leitura-concerto, serão entremeadas às vocalizações dos poemas. Após a apresentação, livros dos poetas participantes serão comercializados no saguão do teatro, onde também ocorrerá uma sessão de autográfos coletiva. PALAVRAS DE UM OUTRO MESMO LUGAR terá a duração de 50 minutos, Entrada franca mediante retirada de ingressos na bilheteria do Teatro Francisco Nunes. 


SOBRE OS POETAS:


ABREU PAXE nasceu em 1969 no Vale do Loge, município do Bembe (Uíge, Angola). Alguns de seus livros publicados: “A Chave no Repouso da Porta” (INALD, 2003) que venceu o Prémio Literário António Jacinto e “O Vento Fede de Luz” (UEA, 2007). No Brasil, foi publicado nas Revistas Dimensão (MG), Et Cetera (PR), nas revistas electrónicas Zunai e Cronopios (SP), e na revista Roda – Arte e Cultura do Atlântico Negro (MG). 


NINA RIZZI, nascida em Campinas, vive atualmente em Fortaleza/ CE. Formada em Artes Dramáticas (ECA/USP) e História (UNESP), coordena o Centro de Artes 7 Setembro. Participa de saraus, festivais de arte, eventos literários e palestra sobre poesia, literatura, gênero e artes e é engajada em movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e o Movimento Arrastão. Lançou em 2012 “tambores pra n’zinga”, pelo selo Orpheu/ Ed. Multifoco. 


RONALD AUGUSTO é poeta, músico, letrista e crítico de poesia. Nasceu em Rio Grande (RS), em 1961. Publicou, entre outros livros, “Homem ao Rubro” (1983), “Puya” (1987), “Kânhamo” (1987), “Vá de Valha” (1992), “Confissões Aplicadas” (2004) e “No assoalho duro” (2007). É integrante do grupo os poETs, co-editor, ao lado de Ronaldo Machado, da Editora Éblis e também editor associado do website Sibila.


SALGADO MARANHÃO estudou Comunicação na PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro, onde mora desde 1973. Compositor-letrista, tem músicas gravadas por vários artistas como Amelinha, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Rosa Marya Colin, Vital Farias, Zizi Possi e outros. Em 1999, recebeu o Prêmio Jabuti. Venceu em 2011, com o livro “A cor da palavra”, o prêmio da Academia Brasileira de Letras, na categoria Poesia.

27.2.12

Parada de estrelas

As duas melhores pessoas que conheci neste mundo sem meu Deus nem nosso Senhor foram Íris e Américo.

Ambos partiram desta para outra em datas próximas: ele, no dia 4 de setembro de 2008; ela, em 24 de maio do ano seguinte.

Hoje Américo completaria 101 anos. Razão para que eu poste, aqui, a oralização feita por ele (de memória, aos 97 anos!), no mês anterior à sua Grande Viagem de um dos poemas da extensa lavra que deixou – a serem publicados em livro ainda neste ano.

Até um dia, meu Pai, meu ancestre, meu Irmão!

Parada de estrelas from ricardo aleixo on Vimeo.