
Minha irmã, Fátima,
faz anos hoje.
Há exatos três meses,
Américo, nosso pai,
partia desta para outra.
As duas datas convergem
no sentido da festa: sei o valor
atribuído por ele à chegada de minha irmã
a este mundo e à permanência dela,
a vida toda, ao lado dele;
sei, também, que Américo, agora
o
ancestral da família,
olha para nós com orgulho
– palavras dele –,
cioso de ter feito o melhor
por Fátima e por mim.
Quando eu nasci, nossa mãe, Íris,
sábia que só vendo,
disse para minha irmã
que eu tinha vindo
como um presente para ela.
Que, por seu turno,
levando a história
a sério, fez e faz
o que estava e está
ao seu alcance para me ajudar
a ser o que sou.
Seguimos: com amor
no coração; um com
o outro; um do outro:
irmã e irmão.
Para sempre.
PS: A foto acima, feita
com um celular,
no ano passado,
não é boa: é essencial.
Trata-se, provavelmente,
do último dos (pouquìssimos)
registros da família
em que aparecemos
só os quatro.