FINA POÉTICA EM CAPA DURA
(quasipoema oito meses depois)
Fora de sacanagem!
A frase introdutora
De eu molecote
Me chega na entrega
Dos dois postais pacotes:
Um, Salgado Maranhão
O outro um Ricardo Aleixo.
Que doce
É esse salgado
Sem sombra de emaranhado.
Que absoluto nexo
É esse recado
Que liga o léxico
E o contexto se[ro]mântico
De cada um desses
Dois pacotes convites ao convescote
A mim e ao meu [con]texto?
Mineiro o emaranhado
Me disponho
Sem tentar decifrar
O que me traz essa mensagem
Postal
Contexto duplo
Gêmeo, mabaço:
Ibeji brinca
e reconduz meu passo.
Sem sacanagem:
Sábado, 25 de setembro
Assino, recebo, referendo
Dois livraços abraços
Aleixo, o salobro
Que pesca o peixe
E o mostra no anzol paterno.
E o doce Salgado
Que abole o emaranhado branco
Quase eterno
Da escrita.
Salgado
Negro olímpico!
Aleixo escrita zero máquina!
A poesia batia de novo
Em dose dupla
De leve
No meu fígado
No meu sábado.
Fina poética negra em capa dura.
Vinte e cinco de setembro
Quase Ibêji.
Um comentário:
legal, vc foi finalista do jabuti!
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