Publicado no final de 2010 pela Ateliê Editorial, O silêncio tange o sino, livro de estreia da poeta Mariana Botelho, será finalmente lançado em Belo Horizonte, no próximo sábado, dia 21/5, às 11h, como parte da programação do evento ZIP (Zona de Invenç˜ao Poesia &) na Casa UNA.
Nascida em 1983 na cidade de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, Mariana Botelho escreve desde os 12 anos de idade. “Comecei nessa época a cultivar o hábito de escrever em agendas”, conta. Simultaneamente, iniciava-se na leitura de poetas como Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes e Pablo Neruda.
A essas primeiras leituras se somariam, com o tempo, as de nomes como Eugenio Montale, Juan Gelman, Sophia de Mello Breyner, Emily Dickinson e outras, que a poeta define como “admirações”, e não como “influências”: “Nunca penso, enquanto escrevo, se tal poema é influenciado por este ou aquele poeta; apenas escrevo o que sinto”, diz Mariana Botelho, que aponta como uma das características de seu trabalho o hábito de não retrabalhar os poemas, escrevendo-os de uma só vez, depois de submetê-los a lenta maturação na memória.
Antes de serem publicados em livro, alguns dos poemas de Mariana Botelho foram testados em seu blog e em duas edições da revista Ciência & Cultura, editada pela Unicamp.
De mudança para Belo Horizonte com os filhos Pedro e Vítor, de 10 e 3 anos, respectivamente, Mariana não alimenta qualquer ilusão quanto a viver numa cidade grande (ela chegou a morar, por breves períodos, em Teófilo Otoni e em Poços de Caldas), no que diz respeito à sua literatura: “Vou continuar a fazer tudo do meu jeito, no meu tempo, sem nenhuma preocupação de participar da chamada vida literária”.
(foto de Daniel Protzner)
Serviço:
Lançamento do livro de estreia de Mariana Botelho, O silêncio tange o sino. (Ateliê Editorial, 80pp., R$ 34,00), dentro da programação do evento ZIP (Zona de Invenç˜ao Poesia &) na Casa UNA. Será servido um lanche típico do Vale do Jequitinhonha e a poeta fará um recital com poemas do livro.
Local e horário: Casa UNA – rua Aimorés, 1456, Lourdes.
Entrada franca.
Ouça, aqui, alguns poemas de Mariana Botelho, gravados especialmente para a mostra de audiopoemas da ZIP/Zona de Invenç˜ao Poesia &.
2 comentários:
Belo Horizonte ganha muito com a chegada da Mariana, que é uma poeta extraordinária e com grande potencial de comunicação com um público mais amplo.
Feliz por encontrar uma mulher com um sorriso já poético que de si diz tudo. Há tão poucas divulgadas e ao mesmo tempo com tanta qualidade. Li o poema "Abstrato' e como é imediato, bom de se ver e gostoso de ler.
Parabens Belô pela vinda de tal menina lá do Vale.
Dora
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